Data: 17/01/2012
De: Helio D Costa
Sob os cuidados e olhar atento de Caquim aos seus pés e de Leonídio e D. Sinhá à sua cabeceira, durante sua criação e seu amadurecimento, “A Ponte de Presidente Bernardes” tornou-se uma fortaleza, imbatível como um lutador bem treinado, resistente como um touro bem alimentado e bem sucedida como um filho bem criado.
Em 1981, teve sua primeira prova de resistência, quando o também glorioso Rio Piranga, que passa sob suas encantadoras vigas escurecidas pelo tempo e hospedeiras de mamíferos voadores, talvez por ciúmes, aliando-se a seus afluentes, se robusteceu trazendo consigo grandes toras de madeira para o embate. Ali, crianças e adolescentes acreditavam em sua força e só a deixaram sozinha sob forte repressão de “Mané Vidal” que, puxando um a um pelas orelhas, ordenou que todos fossem para suas casas. Apesar de só, ELA venceu, com bravura, todos os ataques e ameaças sem fugir de seu “oponente” mantendo-se sempre do seu lado.
Em 2008, quando o embate parecia definido, eis que, outro confronto é presenciado entre as duas maravilhas, tendo o rio se reforçado ainda mais trazendo mais aliados para o embate. Mas, ainda assim, “A Ponte de Presidente Bernardes” vence mais uma vez a batalha para o bem da população local que ambos atendem com nobreza e perfeição. Dessa vez, “A Ponte de Presidente Bernardes” passou pela dor em ver suas co-irmãs “Ponte da Barra do Turvo” e “Ponte do Dutra”, no Caminho de Senador Firmino, serem vencidas por seus “oponentes” rios e lagos.
Em 2011/2012, na mais violenta fúria das águas em toda a Zona da Mata Mineira, com outros municípios perdendo a maioria de suas companheiras pontes e com o Rio Piranga, repetindo seus ataques com seu crescente reforço a cada episódio, desta vez veio a deixá-la submersa, com a intenção de vencer de vez a batalha. Mas “A Ponte de Presidente Bernardes” jamais se sucumbiu, jamais deixou de resistir às pressões de seu “oponente” Rio Piranga e mantém-se firme e forte para o bem de Presidente Bernardes de seu povo. Ela que ainda educa e faz compreender a necessidade de partilhar quando um espera o outro para a travessia com seu veículo. Quando seres humanos embaralhados com veículos e motos e entalados em dia de evento da Festa-da-cana a “A Ponte de Presidente Bernardes” se mantém calma e equilibrada mostrando sua limitação em termos estratégicos, mas não se entrega e mostra que faz mais do que o que a ela fora atribuído em sua concepção.
A “A Ponte de Presidente Bernardes” é um exemplo de resistência e de qualidade em obra pública, uma das jóias de Presidente Bernardes e um orgulho de todos nós.
